Como mostrada na presente matéria, o candomblé ainda é uma religião que é
discriminada perante a sociedade, a matéria trata da recusa do juiz federal Eugênio Rosa de Araújo, para a retirada de vídeos na internet ofensivos ao candomblé. Para ele, entre outros fatores, essa religião não é considerada como tal, porque não tem traços necessários de uma religião. Mas a Procuradoria da República recorre
contra a decisão do juiz, alegando que este não pode dizer o que é considerado
religião, e o que não é, reconhecendo que esta deliberação fere a honra dos
brasileiros adeptos dessa religião.
E os que são atingidos com essa descriminação,
insatisfeitos, recorrem à justiça, buscando uma segurança e um respeito perante
a sociedade, onde estas os negam como religião. Esta negação às vezes não é
exatamente da religião, mas do valor de todas as tradições de matriz africana,
indiretamente envolvendo também o racismo. O que cresce ainda mais as suas
insatisfações, passando por constrangimentos, humilhações e “chacotas” por seus
adeptos, por não serem considerados como religiosos, uma vez que tem as suas
crenças desvalorizadas.
Embora
existam também atritos entre algumas religiões cristãs, eles acabam não sendo,
tão violentos, devido à essas religiões terem uma origem comum e compartilharem
os mesmo valores. Já nos casos das religiões de matriz africana, a intolerância
recebe outra dimensão e termina resultando em violência, como agressões
verbais, físicas, espancamentos e até mesmo assassinatos, causando não só conflitos
simbólicos ou físicos, mas jurídicos também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário